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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Resumo Crítico do Artigo - Elora Giordana (Resposta ao Exercício 01)

O autor do artigo Os Desafios Culturais da Propaganda na Modernidade, Dr. Rodrigo Stéfani Correa, destrincha nas linhas, através de uma pesquisa exploratória, como a propaganda tradicional brasileira – aquela que convence e controla as atitudes de consumo dos consumidores na direção contrária às estratégias do marketing - se transformou em um tipo de propaganda padronizada e esteticamente universal. Existe uma linha tênue que o autor analisa entre a propaganda e o marketing, dentro do mercado publicitário.  E a partir deste ínterim, o autor levanta um questionamento, que será o ponto de partida para a análise do tema: qual é, de fato, o verdadeiro papel da propaganda? Vender ou Informar/Persuadir?
Para construir sua tese, o autor recorda que, nas propagandas militares, o uso de imagens era excessivo e frequente. Logo, grandes nomes da cultura brasileira passaram a expressar suas habilidades em criações dos anúncios publicitários, através de desenhos, músicas e poesia. As propagandas brasileiras conseguiam aproximar e entreter seus espectadores além da relação de interesses comerciais. Estas características duraram um breve período de tempo. Com a inserção das estratégias de marketing nos anúncios publicitários, as propagandas já não tinham o mesmo discurso cultural que as aproximavam do público e o cenário que antes era inundado por criações publicitárias artísticas se tornou uma indústria de produção de anúncios, ignorando a estética e proporcionando estratégias de gestão empresarial no lugar.
A criatividade perdeu cada vez mais seu espaço no universo publicitário. Há 45 anos o discurso não tem sofrido alterações ou enriquecimento, por conseqüência de um mercado capitalista que está constantemente buscando homogeneizar as formas e expressões de anunciar um produto ou um serviço. Não mais o valor simbólico que ele possui, mas as características que mais agradam o vendedor. Os interesses do consumidor são esquecidos.
       
Houve um tempo que ser redator publicitário devia ser uma delícia. Lá pelos anos 40 era possível um redator escrever livremente, num delicioso exercício de imaginação. Emendavam-se adjetivos como contas num colar. Fazer um texto de anúncio era quase uma forma de fazer arte, sem os rígidos compromissos com coisas banais como planejamento de marketing, posicionamento de produto e até mesmo (em alguns casos) com a própria verdade. (LULA VIEIRA, 1999, p. 16). 

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