A partir da leitura do artigo Os Desafios Culturais da Propaganda na Modernidade, de Rodrigo Stéfani, é possível ver de maneira mais clara o processo de divisão que a comunicação mercadológica vem passando, principalmente no processo de criação.
Através desta, pode-se perceber que o discurso publicitário vem sendo deixado de lado, enquanto o uso de imagens foi sendo priorizado com a finalidade de acrescer à estética dos anúncios. No decorrer da evolução da publicidade, os métodos foram se voltando muito mais à parte gráfica. Já a parte discursiva pouco evoluiu, e acabou sendo jogada para segundo plano.
Toda a influência exercida à comunicação mercadológica Brasileira, seja pela propaganda militar e seu uso excessivo de imagens, seja pelas técnicas do Marketing Norte-Americano trazendo seus sofisticados softwares gráficos, culminou na mudança dos métodos de criação pelos redatores, deixando de lado a precursora essência cultural muito utilizada na composição dos discursos publicitários, em meados de 1900.
O artigo de Stéfani mostra que os profissionais de redação da época se utilizavam da comunicação focada na cultura Brasileira, usando uma linguagem mais local, onde o seu publico-alvo tinha o entendimento claro da mensagem, o que propiciava uma grande interação. Se compararmos o trajeto feito pela publicidade até onde foi feita a análise, e a mudança que vem acontecendo atualmente por meio da web, difundida como um meio de comunicação de massa, podemos perceber uma sensível volta ao velho conceito de discurso voltado ao local, o que pode ser considerado uma evolução. É justamente essa essência que nos diferencia dos conceitos clichês, voltados à linguagem global ao redor do mundo.
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